13 abril 2006

Enquanto arrumava o meu quarto e divagava pelas minhas memórias, deparei-me com fotos, que me deixaram algo nostálgico. Fotos que me transportaram para anos já vividos. Das poucas fotos que vi e textos que reli, houve uns que me fizeram sorrir. Perguntam quais são? Fotos de umas representações que fiz com a minha turma de 12.º ano e os guiões dessas mesmas peças.

Fiquei parado a pensar, sobre esse maravilhoso ano que vivi. Senti que ali tinha feito verdadeiros amigos, com os quais não tenho contacto há já uns tempos. Sinto saudades de todos os momentos que passámos, de todas as conversas e discussões mais acesas que tivemos... Momentos esses que nos ajudaram a crescer e fazer-nos mais fortes.

Sinto muitas saudades vossas e de todos esses momentos mágicos e mais reais que passámos juntos.

Um Abraço Fechado com muitas saudades para a turma do 12.º10

01 abril 2006


Vagueio pela rua, já noite feita. Mendigo, procurando algo...
O que procuro? Não sei.
A lua, lá no alto, ilumina o caminho por onde deambulo sem certezas de nada. Sem certeza de um caminho, sem certeza de uma vida, sem certeza de um sorriso, sem certeza de nada.
Continuo andando por uma cidade escura, esperando encontrar qualquer coisa. Quem sabe um pouco de magia, um pouco de alegria, um pouco de sonhos.
Por enquanto vou sonhando com a magia de um sorriso, com o reconforto de um abraço amigo ou de um gesto sentido.
Continuo mendigando pela rua, na ânsia de encontrar um olá de alguém que necessite dos mesmos sonhos, da mesma magia e da mesma alegria, para podermos vaguear e partilhar os momentos.
Vagueio e encontro um sorriso sumido, um olhar profundo de uma criança que perdida passeia pelas ruas com a fé de encontrar magia, alegria e sonhos. Pego na sua pequena mão e convido-a a partirmos juntos em busca desse algo que procuramos.
Continuamos num silêncio infindável, enquanto a lua brilha no alto iluminando o caminho de dois vagabundos da noite que procuram uma razão de viver.
Por fim ouve-se um tossir e um obrigado. Paro, e ajoelho-me para poder olhar nos pequenos olhos da criança com quem deambulava. Esses pequenos olhos de um azul intenso estavam agora preenchidos de lágrimas que brilhavam com o luar.
Pergunto-me o que fiz, para merecer um obrigado e aquelas lágrimas?